- Tem misericórdia de mim, sou pecador!

Uma das parábolas que mais gosto nas Sagradas Escrituras está relatada em Lucas 18: 10 ao 14. Hoje gostaria de compartilhar com vocês leitores, alguns ensinamentos que podemos tirar deste texto bíblico. 

Nesta parábola Jesus quis nos ensinar sobre a humildade, e nos fazer entender que não existe ninguém melhor e nem maior que ninguém.

Saíram dois homens para orar no templo, um deles cheio de si falou a Deus: "Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo" vs. 11 ao 12.

Já o outro homem, reconhecendo sua pequenez, clamou ao Senhor: " O Deus, tem misericórdia de mim, pecador" vs 13.

Que coisa grandiosa é aos olhos de Deus, quando um pecador reconhece que sem Deus sua vida não é nada. Em nossa caminhada com Cristo podemos encontrar muitos fariseus e muitos publicanos, principalmente dentro de nossas igrejas. Existem as pessoas que acham que serão salvas por suas obras, por jejuarem, por orarem, por evangelizareme outras coisas. Mas se olharmos para o que diz em Mateus 7 versículo 21, percebemos que não seremos salvos por aquilo que fazemos ou deixamos de fazer, olha o que Jesus diz: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus". Lá no capítulo  2 de Tiago, também podemos ver que não somos salvos pelas obras, mas sim pela nossa fé. 

Nós, cristãos, verdadeiros servos do Deus Altíssimo temos que nos atentar ao que a Sagrada Escritura tem a nos ensinar. Os fariseus naquela época, por terem vasto conhecimento, por serem doutores da lei, e dedicarem muito tempo orando nas sinagogas se achavam melhores que qualquer outro povo, como diz nos versículos 11 e 12, eles se achavam maiores que outros. Mas, a verdade é, que Jesus não está olhando pra isto, Ele está atento a sinceridade do nosso coração. Talvez aquele publicano nunca tivesse feito nada que comparado ao fariseu, mas ele bateu no peito e reconheceu que é um pecador e que precisava de Deus, e com isso adorou a Deus em verdade, e assim nós também devemos adorar, devemos ter um coração quebrantado e contrito como o daquele homem. 

Enquanto o publicano se derramava na presença do Senhor, o fariseu se vangloriava em seus "grandes" feitos, achando que isso realmente agradava a Deus. Não estou dizendo que orar três vezes ao dia, jejuar não agrade a Deus, pelo contrário, quando fazemos isso nos consagramos e nos tornamos ainda mais íntimos dELE. Mas precisamos fazer isso para nos relacionarmos com Deus, para nos aproximarmos e achegarmos a Deus e não para nos vangloriar e achar que somos melhores que alguém por conta disto. Não é assim que alcançaremos a misericórdia de Deus. Precisamos ter a sinceridade e o coração humilde assim como o publicano, desta maneira nossa adoração subirá a Deus como cheiro suave. 

Precisamos também aprender a orar como este publicano orou, com sinceridade e sem religiosidade. O fariseu estava cheio de si, cheio de religiosidade. Devemos apartar isso de nós, o sentimento de querer ser melhor que alguém, quando na verdade somos todos pecadores e carentes da imerecida misericórdia de Deus. Somos dependentes de Deus e devemos reconhecer. Que em nossas orações possamos orar assim, nos derramando aos pés de Jesus.

Que Deus continue a te preencher com essa maravilhosa graça.

Carinhosamente, no amor de Cristo

Ângela Valuz